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Graça a vida em liberdade

  • batistavinhonovo
  • 7 de out. de 2014
  • 17 min de leitura

33 Com grande poder os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. Atos 4.33

11 Mas cremos que somos salvos pela graça do Senhor Jesus, do mesmo modo que eles também. Atos 15.11

24 mas em nada tenho a minha vida como preciosa para mim, contando que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus. Atos 20.24

Uma das coisas mais tristes dos dias de hoje é o conceito estabelecido na mente do homem comum de que a igreja não é um lugar de liberdade.

Para eles, a igreja não passa de um clube de escravidão religiosa legalista. Mas isso é mentira do diabo. Ser cristão é ser livre, é desfrutar da graça do evangelho em plena liberdade do poder do pecado. A liberdade em Cristo não é uma experiência reservada a alguns poucos crentes privilegiados, mas é a herança de todo filho de Deus. Você foi chamado para a liberdade da graça em Cristo.

Todavia, quando falamos que fomos libertos da lei para viver debaixo da graça de Deus, inevitavelmente algumas pessoas ficam preocupadas que essa afirmação possa levar alguns irmãos a abusarem da liberdade. Sei que a preocupação é justa, mas não vamos proteger os irmãos confinando-os novamente debaixo da prisão do legalismo.

Contudo, a verdade é que alguns podem, sim, tomar a mensagem da graça como pretexto para viver no pecado. Tanto Pedro quanto Judas manifestaram preocupação com esse problema.

Pois certos indivíduos se introduziram com dissimulação, os quais, desde muito, foram antecipadamente pronunciados para esta condenação, homens ímpios, que transformam em libertinagem a graça de nosso Deus e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo (Jd 1.4).

Como livres que sois, não usando, todavia, a liberdade por pretexto da malícia, mas vivendo como servos de Deus (1 Pe 2.16).

Mas se a liberdade em Cristo não é liberdade para pecar, como podemos definir a liberdade do cristão? Em primeiro lugar, a liberdade em Cristo é uma liberdade da condenação da lei. Nunca podemos dizer que somos livres se ainda vivemos debaixo de condenação e culpa.

Infelizmente, muitos crentes ainda se relacionam com Deus como se ainda estivessem em dívida com Ele. Vivem com uma sensação permanente de que não fizeram o suficiente para agradar a Deus. Sentem-se sempre desqualificados e, por mais que se esforcem, nunca se sentem aptos para receber o que buscam de Deus. O fato é que ainda não vivem na liberdade. Um crente que vive assim não é muito diferente do ímpio que ainda sofre debaixo de sentimento de condenação.

A liberdade em Cristo é também uma liberdade de toda condenação. Estamos debaixo do Seu favor imerecido e nos relacionamos com Ele não pelo que somos ou fazemos, mas pelo que Cristo fez por nós.

O cristão é um homem livre. Ele é livre da culpa do pecado, porque experimentou o perdão da cruz. Ele é livre da penalidade do pecado, porque Cristo morreu por ele na cruz. Ele é livre do poder do pecado em sua vida diária, porque seu velho homem já foi crucificado com Cristo. E ele também está livre da lei com todas as suas exigências e ameaças porque Cristo nos livrou da maldição da lei e terminou com a sua tirania sobre nós de uma vez por todas.

Mas como é ser livre debaixo da graça de Deus? Será que a liberdade em Cristo é um tipo de anarquia? Claro que não! A libertação da terrível servidão de ter de buscar o merecimento do favor de Deus cumprindo a lei não significa que não preciso mais fazer a Sua vontade.

Podemos concluir três coisas a respeito da liberdade de um filho de Deus. Vamos entender cada uma delas.

Vemos na Igreja de Atos , como aqueles irmãos viviam um a vida de Liberdade e a Igreja avançava com muitos sinais e prodígios.

Vemos aqueles irmãos da Igreja primitiva, a maioria deles eram Judeus e este povo tinham um conjunto de regras e normas pesadíssimas. Imagine pra eles com era vencer a Lei do Sabado, da comida, do templo, do sacerdócio. A verdadeira liberdade é poder pecar e não pecar a liberdade em Cristo não é licenciosidade.

Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne (Gl 5.13).

1.Lei x Graça

Um perigo permanente que enfrentamos em nossa vida cristã é que constantemente somos tentados a voltar para a lei. Não que realmente voltamos a viver completamente pela lei, na verdade, nós caímos num tipo de mistura. Ainda confessamos que somos salvos pela graça, mas concluímos que todo o serviço para Deus agora é por nossa conta.

Atos 15:05 “...eles queriam circuncidar novamente....”

Essa mistura é um grande impedimento para o nosso crescimento espiritual. Como podemos saber se estamos misturando a graça com a lei? Se a obra da cruz não faz diferença no seu dia a dia, esse é um sinal de que você depende das obras da lei. Se a sua vida cristã é simples fruto de mais esforço, e não de mais desfrute de Cristo, então você vive a mistura da lei. Se você crê que foi salvo pela graça, mas acredita que a santificação é pelo esforço próprio, então ainda vive pela lei.

Se você ainda vive assustado com medo do castigo de Deus, pensando que Ele está zangado com você, então ainda vive pela lei.É verdade que Deus se ira por causa do pecado, mas nós somos lavados pelo sangue do Cordeiro. Na verdade, nós vivemos debaixo desse sangue todo o tempo. Deus só nos vê em Cristo. Sobre nós, não há condenação nem ira de Deus. A ira de Deus um dia virá sobre este mundo, mas nunca mais virá sobre nós, pois Cristo já cancelou todo escrito de dívida que era contra nós diante de Deus.

Tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz (Cl 2.14).

Se ainda pensamos que agradamos a Deus pelo nosso esforço, podemos ter certeza de que ainda somos escravos da lei. A verdade éque Deus já está feliz conosco por causa de Cristo. Outro sinal de que ainda vivemos na lei é quando pensamos que a vitória sobre o pecado e o diabo é algo que conquistamos pelo nosso esforço.

A vitória, porém, é algo que recebemos pela graça. A verdadeira vitória não é conquistada, mas nos é dada.

Um sintoma comum entre aqueles que ainda vivem debaixo da lei é o sentimento constante de culpa e condenação por causa de nossos pecados. Vivem sempre com uma sensação de desqualificação, sempre pensando que não fizeram o suficiente para agradar a Deus. Essas pessoas até pensam que esse sentimento é sinal de piedade e zelo, mas é acusação do diabo.

Por causa disso, acabam aceitando todo ataque do diabo como se fosse um pagamento pelo seu erro. Quem acha que precisa se punir não entendeu que seus pecados já foram cravados na cruz.

Quando pensamos que a vida cristã é muito difícil e penosa, certamente estamos misturando a graça com a lei. A lei é sempre penosa, mas a graça traz paz e descanso.

Um sinal terrível dos que vivem ainda segundo a lei é que eles pensam que não merecem receber a bênção de Deus. Não merecem mesmo, contudo nós não a recebemos por mérito, mas pela graça.

Se você pensa que precisa ser merecedor da bênção de Deus, então você ainda não entendeu a graça do favor imerecido. Na lei, você deve merecer para receber; na graça, você recebe sem merecer.

Por último, que mencionar aqueles que concluem que já esgotaram a paciência de Deus. Já cometeram o mesmo pecado tantas vezes e tantas vezes prometeram abandoná-lo que concluem que abusaram da graça de Deus e não terão mais o perdão.

O fato é que, em seu conceito, apenas as pessoas boas merecem receber graça. Mas isso é uma contradição, pois a graça é justamente para quem não merece.

Todos esses sintomas certamente estão presentes na vida de um crente que ainda se relaciona com Deus com base na lei. Mas eu gostaria de analisar ainda alguns outros mais especificamente. Que o Espírito Santo possa abrir os seus olhos para ser liberto da lei nesses dias.

2. Orgulho x Humildade

Se penso que tudo depende do meu merecimento, quando tenho algum sucesso, preciso me gloriar dele, pois é fruto do meu esforço. Se minha bênção é fruto do meu merecimento, então eu passo a me julgar melhor do que aqueles que não são tão abençoados quanto eu.

Porque eu sou o menor dos apóstolos, que mesmo não sou digno de ser chamado apóstolo, pois persegui a igreja de Deus. Mas, pelagraça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo (1 Co 15.9,10).

Aquele que viu a graça não consegue ser orgulhoso. Tudo o que ele pode dizer é: “Sou o que sou pela graça de Deus”. Ele sabe que tudo que ele é e possui lhe foi dado gratuitamente pelo Pai. E se o que ele tem foi recebido, então não há do que se orgulhar. Na verdade, em vez de orgulho, ele sente profunda gratidão. Mas isso é compreensível, pois ele não merecia nada, mas recebeu tudo. Ele merecia a condenação do inferno, mas Deus o fez participante da herança do próprio Cristo.

Quem é grato não tem como ser orgulhoso. Num certo sentido, o orgulho é o oposto da gratidão, e aquele que é grato manifesta sua humildade reconhecendo que não é o originador de coisa alguma. O orgulhoso ainda não viu a graça.

Se penso que o sucesso é pelo mérito, preciso idolatrar aqueles que são muito bem-sucedidos, pois eles certamente são muito melhores do que eu.

Se mereceram uma bênção tão grande, é porque são muito bons. No entanto, Paulo disse aos coríntios que ele era o menor dos apóstolos, mas que, pela graça, tinha trabalhado mais do que todos os outros.

Pela lógica bíblica, Deus abençoa aquele que não merece e faz grandes os pequenos. Se alguém é muito abençoado, é porque é menor que os outros. Sendo assim, não há razão para pensar que os homens são grandes.

Pois quem é que te faz sobressair? E que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te vanglorias, como se o não tiveras recebido? (1 Co 4.7).

O fato de ainda andarmos à procura de homens, tratando-os como se fossem um tipo de guru, apenas mostra que ainda não vimos a graça de Deus. Quando entendemos que nada nos é dado por mérito, jamais pensaremos que pastores bem-sucedidos o são por causa de sua capacidade espetacular ou santidade superior. Tudo lhes foi dado pela graça. Isso não significa que não podemos nos inspirar nos irmãos. Claro que podemos. Mas precisamos ter cuidado para não exaltar a habilidade e a força humana acima do favor imerecido de Deus.

3. Medo x Amor

Se penso que só sou abençoado se mereço, então estou sempre com medo de Deus me avaliar e me reprovar.

Se sou reprovado, Ele não vai me abençoar, e o resultado é que ficarei na mão. Esta é a razão por que muitos irmãos vivem constantemente debaixo de tensão. Se não possuem nada, vivem angustiados tentando merecer a bênção de crescer e prosperar, mas quando prosperam, ficam angustiados com medo de perder.

E nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor, e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele. Nisto é em nós aperfeiçoado o amor, para que, no Dia do Juízo, mantenhamos confiança; pois, segundo ele é, também nós somos neste mundo. No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor. Nós amamos porque ele nos amou primeiro (1 Jo 4.16-19).

Apesar de pregarem aos perdidos que Deus os ama, muitos crentes vivem debaixo de constante medo sem perceber o amor de Deus. Vivem com uma constante sensação de que estão em falta, que não fizeram o suficiente para agradar a Deus.

Nós fomos transformados em filhos, não apenas filhos distantes, mas filhinhos tão chegados que chamam Deus de “Aba”, que é“paizinho” no hebraico. A relação de filhos com um pai amoroso nunca pode ser baseada na lei. Um filho não teme que seu pai o abandone porque ele se comportou mal. Um filho não imagina que precisa fazer algo para que continue sendo filho. Ele simplesmente sabe que é filho e está plenamente consciente do amor de seu pai. E porque ele sabe que é amado, não teme coisa alguma.

Nossa vida cristã simplesmente se tornará um fardo se não tivermos revelação de que somos amados. Não temos de comprar o amor do Pai com boas obras, Ele já nos ama o máximo que pode amar.

Esta é a graça de Deus. Não há nada que possamos fazer para aumentar o amor de Deus por nós. E, como filhos, podemos ter certeza de que nada que fazemos pode diminuir Seu amor por nós. Evidentemente, todo bom filho que se sente amado tentará agradar a seu pai. Nós também queremos agradar a Deus, mas não para sermos amados, pelo contrário, procuramos agradar porque nos sentimos amados. Essa precisa ser a motivação para a nossa obra.

Sem uma profunda percepção de que somos amados, inevitavelmente cairemos novamente nas obras da lei e viveremos tentando conseguir o favor do Pai por nossos méritos.

Quando confiamos no amor de Deus, então temos o céu aberto sobre nós. No dia do Seu batismo no Rio Jordão, o Senhor ouviu Deus Pai bradar dos céus: “Este é meu Filho amado, em quem tenho todo o meu prazer” (Mt 3.17). Essa declaração foi registrada no evangelho por causa de nós.

Nós somos amados pelo Pai da mesma maneira que o Senhor Jesus. Você é filho de Deus gerado pelo Espírito assim como o Senhor Jesus. Ele é o primogênito, mas nós somos os muitos filhos. O Senhor Jesus orou para que tivéssemos revelação que somos amados pelo Pai do mesmo modo que Ele é amado.

Eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim (Jo 17.23).

Nós fomos aceitos no Amado. Deus Pai está feliz e satisfeito com você porque você está em Cristo. Você foi escolhido por Deus antes da fundação do mundo. Todos os dias quando me levanto pela manhã, gosto de declarar, olhando para os céus, que Ele me ama. Eu sou amado de Deus. A cada dia, Ele tem preparado coisas maravilhosas para mim.

Quando você sabe que é amado por Deus, não importa o que o diabo possa fazer, você sempre irá prevalecer sobre ele. Mas se paira alguma dúvida sobre isso, não terá ousadia e nem firmeza em sua fé. Sei que poucos ousam concordar que eventualmente sentem-se como se Deus não os amasse, mas a verdade é que muitos filhos de Deus vivem dessa maneira.

Garotos que não se sentem amados se entregam a todo tipo de pecado, drogas e destruição, mas aqueles que se sentem profundamente amados conseguem superar todas essas tentações. A mesma verdade se aplica aos filhos de Deus, quanto mais sabemos que somos amados, mais queremos agradar ao Pai.

Depois que o Senhor Jesus ouviu o Pai dizer que Ele era o Seu Filho amado, Ele foi levado ao deserto para ser tentado pelo diabo. A primeira coisa que o diabo lhe disse foi: “Se você é filho de Deus [...]. Parece que eu ouvi dizer que você é filho de Deus, mas você não se parece com um filho, parece apenas um comum”. Observe que toda a tentação é colocar dúvida sobre aquilo que Deus disse.

Depois disso, ele disse: “Se você é filho, manda que essas pedras se transformem em pães” (Mt 4.3). Não existe nada de errado em transformar pedras em pães, o problema é quando fazemos algo para ter uma prova da Palavra de Deus. O Senhor respondeu: “Não só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que procede da boca de Deus”. O que o Senhor quis dizer com isso? Quando mencionou “a palavra que sai da boca de Deus”, Ele estava se referindo ao rhema de Deus, à Sua palavra viva e imediata. Que palavra era essa? “Este é meu filho amado, em quem tenho todo o meu prazer.” Esta era a palavra que o Pai havia dito. Essa é a palavra que deve ser o nosso alimento hoje também.

Deus vê você em Cristo. Você foi revestido de Cristo. Lá no Éden, Deus fez uma roupa para o homem depois que ele pecou. Eu creio que era uma roupa de lã de cordeiro. Quando Deus nos olha, Ele vê a Cristo. Ele nos ama como ama a Cristo. Não é possível ser mais amado por Deus que isso.

Para louvor da glória da sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado (Ef 1.6).

4. Condenação x Salvação

11 Mas cremos que somos salvos pela graça do Senhor Jesus, do mesmo modo que eles também. Atos 15.11

A Palavra de Deus diz que aquele que viu a graça de Deus desfruta de paz. Este certamente é o maior sinal de alguém que enxergou a graça de Deus, ele sente paz no coração.

Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo; por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes (Rm 5.1,2).

Aquele, porém, que vive pela lei está sempre com uma sensação de desqualificação. O inimigo o acusa constantemente mostrando-lhe o quanto está fora do padrão de Deus, e que por isso mesmo não pode ser abençoado. Aqueles que andam pela lei, ou seja, que buscam merecer a bênção de Deus, não conseguem ter fé para receber coisa alguma. Isso acontece porque olham para si mesmos todo o tempo para encontrar algum mérito. Quanto mais olham, menos fé têm.

Essas pessoas não oram, porque acreditam que não são bons o suficiente para receberem algo de Deus. Essa é a acusação constante que o diabo faz na mente dos filhos de Deus. Todavia, o Senhor não nos ouve porque somos bons, mas porque Ele é bom. Se você pensa que precisa ser justo para ser ouvido pelo Pai, está completamente certo. Deus só pode ouvir aquele que é justo. Mas a boa-nova é que o Senhor Jesus se tornou a nossa justiça. Hoje, quando chegamos diante de Deus, nós o fazemos pela justiça que recebemos pela fé no sangue de Jesus. Nem no céu você será mais justo do que é hoje, pois sua justiça é Cristo.

Muitos vivem debaixo de acusação e condenação, e por isso não se acham dignos de ter a resposta de suas orações. Vivendo assim, eles não têm fé para receber algo de Deus. Muitos vivem debaixo da mentira de que Deus está zangado com eles. Por causa disso, vivem uma vida cristã dividida e doentia.

Num momento, pregam que Deus cura; mas, no outro, declaram que Deus lhes mandou uma doença para ensinar-lhes uma lição. Num momento, Deus os faz prosperar; no outro, lhes dá pobreza para aprenderem a humildade. Algumas vezes, creem que Ele os ama, mas quase sempre sentem que Deus está zangado com eles. Simplesmente, não dá para receber a bênção com pensamentos divididos a respeito do Senhor.

Por causa da obra do Senhor Jesus na cruz, a ira de Deus não pode mais estar sobre nós. Toda a ira de Deus por causa do pecado caiu sobre o Senhor Jesus na cruz. Se toda a ira já caiu sobre Jesus, então Ele não pode estar irado conosco. Não estamos mais debaixo da velha aliança, segundo a qual, Deus às vezes estava feliz com você e às vezes estava zangado. Hoje, Ele tem total prazer em você por causa de Jesus.

Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito.

Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.

Romanos 8:1-2

5. Escravidão do pecado x liberdade da graça

A Palavra de Deus afirma enfaticamente que o pecado não mais terá domínio sobre nós, porque não estamos debaixo da lei, e sim da graça de Deus.

Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça (Rm 6.14).

Como, então, alguém pode dizer que experimentou a graça de Deus e ainda vive na prática continuada do pecado? Simplesmente, não viu coisa alguma, nunca foi tomado da plenitude de Deus. Quando temos revelação de que somos justos em Cristo, nós simplesmente andamos de acordo com a verdade.

6. Passividade x Ousadia

E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda. Atos 3:6

Sábado teremos uma explosão de graça e de amor. Deixe ser usado pelo Senhor, fale dessa graça maravilhosa.

Na primeira carta aos coríntios, Paulo diz que trabalhou mais que todos os outros apóstolos. Ele fez mais não porque fosse melhor do que os outros, mas por causa da graça que ele recebeu. Um sinal de quem viu a graça é que ele se dispõe a trabalhar.

Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo (1 Co 15.10).

Infelizmente, o diabo tem enganado muitos levando-os para a passividade. O Senhor Jesus não morreu na cruz para que pudéssemos viver continuamente na praia ou assistindo televisão. Pelo contrário, quando vejo a graça na cruz, sou tomado pelo desejo de fazer conhecidas as boas-novas entre todos os homens.

Alguns caem na passividade e inatividade, dizendo que a graça de Deus os isenta de ter que trabalhar. No entanto, Paulo diz que ele trabalhou mais do que todos. A graça não foi um suprimento vão na vida dele. No dia do julgamento, vamos ter de prestar contas do que fizemos com a imensa graça que recebemos.

Alguns irmãos com uma mente doente se enchem de pensamentos perversos que simplesmente afastam as pessoas da graça de Deus. Existe uma estratégia usada pelo diabo para tentar impedir que o povo de Deus desfrute de alguma verdade das Escrituras. Veja, por exemplo, o assunto da prosperidade. Por causa do ensino errado de algumas igrejas que tiram até sete ofertas num único culto, nos sentimos constrangidos de ensinar esse assunto aos irmãos.

Outro exemplo é a profecia. Paulo diz que todos os crentes devem profetizar, mas ficamos com medo de ensinar sobre isso por causa das práticas erradas sobre profecia em algumas igrejas. O mesmo se aplica ao tema da graça do evangelho. Muitos igrejas têm medo de falar da graça porque, em outros lugares, a graça de Deus tem sido tomada para justificar o mundanismo e o descompromisso espiritual.

Mas não devemos deixar nos intimidar por causa dessas falsas mensagens da graça de Deus. Eu costumo dizer que algumas pessoas com mente doentia possuem muitos pensamentos pervertidos a respeito da graça de Deus. Vou mencionar apenas alguns.

Estou na graça, não preciso mais fazer coisa alguma. Esta é a conclusão mais divulgada. Essas pessoas tomam a graça como licença para ignorar a obra de Deus. Mas a verdade é exatamente o oposto, porque estou na graça, agora posso trabalhar realmente para o Senhor. Antes, eu me julgava incapaz e indigno, mas, pela graça, posso servi-lO em liberdade e paz. A graça me libera para o serviço, pois agora sei que não faço na minha força e nem segundo o meu mérito.

Estou na graça, jamais serei julgado por Deus. É verdade que não seremos condenados com os pecadores, mas seremos julgados para saber o que fizemos com a graça que recebemos (2 Co 5.10). A quem muito é dado, muito lhe será exigido (Lc 12.48). A graça é a provisão completa de Deus para todas as nossas necessidades. Somos indesculpáveis por vivermos no pecado, pois o pecado não tem mais poder sobre aqueles que estão debaixo da graça (Rm 6.14).

Estou na graça, não preciso mais contribuir. É verdade que o dízimoé da lei, mas o Senhor nos trouxe para um padrão mais elevado que o dízimo, porque Sua graça nos permite exceder o padrão de Moisés.É verdade que Jesus não morreu na cruz para me dar um Rolex, masé igualmente verdade que Ele não morreu na cruz para que eu seja avarento e não contribua de forma alguma. Paulo diz que a oportunidade de contribuir é a verdadeira graça (2 Co 8.4). É uma verdadeira graça Deus aceitar receber algo de nós.

Estou na graça, não preciso mais de orar. Eu sei que muitos transformam a oração em uma lei, mas a verdade é que a oração é uma necessidade. Enquanto se é criança, comer é uma lei, mas depois que crescemos, espera-se que tenhamos algum prazer na comida. Mas o fato é que, agora que estou na graça, eu devo orar, porque o caminho ao trono está aberto para mim (Hb 4.16). Agora que você pode fazer pedidos grandes a Deus porque entendeu a Sua imensa graça, você resolve não pedir nada? Só uma mente doente pode pensar isso. Antes, você achava que só aquele que era mais santo tinha a oração respondida, mas hoje você entendeu que Deus ouve a sua oração por causa do seu favor imerecido. A bênção é para quem não merece. Quem entende a graça passa a orar muito mais.

Estou na graça, não preciso me preocupar com santidade. Mais uma vez, o pensamento é justamente o oposto. Porque estou na graça, posso andar em santidade, porque o pecado não tem mais domínio sobre mim (Rm 6.14). Pela graça, você pode dizer “não” ao pecado. Aquele que vive na prática do pecado em nome da graça

provavelmente nem nasceu de novo. É um ímpio vestido de crente falando do que não entende e nunca provou.

A graça nos capacita a amar, a pregar, a viver uma vida baseada no amor e perdão. Pois se fomos perdoados pela essa imensa graça.

24 mas em nada tenho a minha vida como preciosa para mim, contando que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus. Atos 20.24


 
 
 

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